Ser videomaker não é só apertar o botão de gravar
Ser videomaker não é só apertar o botão de gravar
Muita gente acha que trabalhar com vídeo é só glamour e câmeras caras. A realidade é bem diferente: é resolver problema, horas de edição e entregar resultado que coloca dinheiro no bolso do cliente.

O começo de tudo (e não foi bonito)
Eu não comecei com o melhor equipamento do mercado. Comecei em 2011, num computador simples, fazendo edição de jogos porque eu achava aquilo incrível. Não tinha dinheiro envolvido, tinha vontade. Hoje vejo muita gente travada esperando a "câmera perfeita" para começar. Isso é desculpa. Quem quer fazer, faz com o que tem na mão. A ferramenta importa menos que o olhar de quem está operando.
O que ninguém te conta sobre a rotina
Achar que a vida de videomaker é só viajar e fazer takes bonitos é ilusão. O trabalho pesado acontece quando ninguém está vendo. É carregar peso, é ficar horas sentado na frente do computador escolhendo a trilha certa, é tratar cor até o olho cansar. O cliente não paga pelo seu esforço, ele paga pelo vídeo pronto que vai trazer retorno para ele. Se você não aguenta o processo chato, não serve para essa profissão.
Vídeo bonito não paga boleto
Eu gosto de estética. Gosto de ver uma imagem bem feita, com a luz certa. Mas aprendi rápido que vídeo bonito sem estratégia é só arte de parede. O vídeo precisa ter propósito. Precisa vender, engajar ou explicar. Quando fecho um trabalho, seja de vídeo ou fotografia, meu foco não é só deixar "lindo", é resolver o problema de quem me contratou. É isso que me mantém no mercado e paga minhas contas.
Para quem quer entrar na área
Pare de ver tutorial de qual câmera comprar e vá estudar luz e composição. Equipamento você aluga ou compra depois. O que você não consegue comprar é a experiência de resolver pepino na hora da gravação. Se joga, erra logo e aprende rápido. O mercado não tem espaço para quem tem medo de colocar a mão na massa.